Acabei de completar dois anos de "mãe". E faz exatamente dois anos que é isso que sou quase que absolutamente. Sou também um pouco cozinheira, um pouco motorista, um pouco empresária, um pouco filha, um pouco algumas coisas, não muitas. Mas na maioria do tempo sou a mãe da Theodora.
E o que isso quer dizer?
Que por dois anos praticamente perdi a identidade de ser Liliane para ser a mãe da Theodora.
Isso é ruim? Vejamos por partes. Sabemos que todo bebê, no início precisa da mãe, até porque, nos primeiros meses somos, na cabecinha deles, uma continuidade do seu ser. Mas os meses se passam, a bebê cresce, começa a se desenvolver... e quem esta lá o tempo todo acompanhamento cada segundo? Eu. E eu? Sei lá. Fui vivendo, ou melhor sobrevivendo.
Não, de forma alguma esse é um texto reclamativo. É apenas reflexivo.
Eu deixei de existir por muitos momentos. Mas ao mesmo tempo nunca estive tão viva!
Ela me dá vida. Ela me dá coragem.